Mesmo os mais bem resolvidos
ficam ansiosos quando a graduação termina e chega a hora de enfrentar o mercado
de trabalho. Já se passaram 8 meses desde que vesti o capelo e a beca com a
faixa azul e hoje tenho a resposta para a pergunta que intitula esse post. Na
verdade, percebi que essa pergunta pode ser respondida de maneiras diferentes e
espero que, ao postar essas respostas, possa dar um pouco de “esperança” a
aqueles que estão vivendo a alegria/ansiedade do último ano de faculdade.
Nesse fim de semana aconteceu o
primeiro reencontro oficial dos ex-alunos da turma de 2007 do curso de
Arquitetura e Urbanismo da UFV – Universidade Federal de Viçosa, e dos 34 alunos
que se formaram apenas 17 foram ao encontro. Os motivos dados por aqueles que
não puderam comparecer foram diversos: “vou trabalhar nesse fim de semana”,
“terei aula de pós-graduação no sábado”, “não tenho grana”, “estou na Bahia” (o
encontro foi em Bom Despacho/MG) e por aí vai. Essas colocações já mostram um
pouco do que é a vida após a formatura e dos muitos caminhos que podemos
seguir.
Em meio a todas as conversas que
ouvi e que participei consegui absorver pelo menos um pouco do que cada um tem
feito da vida. A maioria dos meus amigos não voltou a morar com os pais depois
que se formou, logo nos primeiros meses após a formatura já conseguiram um
emprego num escritório e se mudaram para alguma capital. Praticamente 70% da
turma se mudou para Belo Horizonte, 5% está em São Paulo, 5% no Espírito Santo
e os outros 20% está distribuído pelas cidades do interior de Minas Gerais (com
exceção de um cabra que foi parar lá em Ilhéus na Bahia).
Muitas pessoas ainda não estão
100% satisfeitas com o emprego que conseguiram, mas isso, pelo que pudemos ver,
é super normal e, por incrível que pareça, tende muito a melhorar. Ouvi gente
dizer que já mudou de emprego 3 vezes nesses últimos meses e que só agora está
feliz mesmo, o que é ótimo, pois prova que as primeiras oportunidades podem não
ser tão boas como imaginávamos, mas se continuarmos correndo atrás vamos
conseguir o que queremos.
Nem todo mundo conseguiu emprego
logo que se formou, o que pode gerar um pouco mais de ansiedade, mas tudo é uma
questão de foco. Claro que as vezes nos sentimos tão confusos que não sabemos
exatamente o que queremos, mas se você já tiver uma ideia da área que mais
gosta, de onde quer morar e do futuro que quer ter, tudo fica mais fácil.
Enquanto eu atirava para todos os lados sem saber o que queria acertar, muitos
amigos meus se dedicaram ao que achavam mais interessante e obtiveram sucesso.
Teve gente que passou em concurso público de prefeitura, outros que se focaram
na área acadêmica e passaram no mestrado, alguns abriram a própria empresa ou
trabalharam como autônomos suprindo a demanda de projetos em suas cidades.
Vários de meus amigos querem ter
escritório próprio no futuro e dizem estar aprendendo muito em seus empregos
atuais (escritórios, construtoras, lojas, instituições) e essa é uma parte
fantástica da vida após a formatura. “Colocar a mão na massa”, ser inserido no
mercado de trabalho, acompanhar obra, conversar com o pedreiro, discutir com o
engenheiro, passar horas na loja de materiais com o cliente escolhendo o melhor
revestimento, participar de reuniões, ver a satisfação do cliente, tudo isso,
essa parte prática da profissão de Arquiteto e Urbanista, não se ensina na
faculdade. A graduação te prepara sim para a vida profissional, mas vivê-la é
algo totalmente diferente, novo e maravilhoso! Claro que existem aqueles
momentos que você se sente tenso, preocupado e tem vontade de fechar os
olhos e contar até 10, mas que profissão não tem seus momentos ruins?
Depois de trabalhar como
autônoma, prestar concursos públicos e praticamente iniciar o mestrado decidi
continuar trabalhando na minha cidade. Foram vários meses de incerteza, mas
essa é a maior dica que posso dar pra vocês que são futuros arquitetos: toda
experiência é válida, mas antes de tomar qualquer decisão pense no seu futuro e
no que você espera dele. Pense na cidade em que quer morar e pense sim na
possibilidade de morar lá por muito tempo e até educar seus filhos ali. Pense
no tipo de emprego que quer ter, se quer trabalhar numa construtora, se quer trabalhar
num escritório, se quer ter seu escritório, se quer ser um funcionário do
governo, se quer ser professor, se quer ser pesquisador ou tantas outras
opções. E o principal, trabalhe com amor e satisfação acima de tudo. Aceitar
propostas pode te ensinar muita coisa, mas permanecer onde está é uma decisão
sua, então, se quer mudar, mude! Tudo depende mesmo de você!
Obrigada a todos os amigos
queridos que me inspiraram a escrever esse post!
A-M-E-I Palomitas! Parabéns pelo blog, pelos textos e projetos.
ResponderExcluirQue saudades de vc!
Beijos!!
Obrigada querida! Também estou com muita saudade de vc!
ExcluirUm dia vou fazer um post sobre fotografias e vou precisar da sua colaboração!
Beijos!! =]