Depois de passar alguns meses
planejando o blog e claro, enfrentando as incansáveis noites de projeto, fico
muito feliz em fazer a primeira postagem! Antes de começar, queria apenas dizer
que a Urbanística será um espaço para tratar de Arquitetura, Urbanismo,
Paisagismo, Design e tudo que envolve esse incrível mundo. Terminei a graduação
e depois de passar aquele período do torpor (o que fazer agora?) estou me
encaixando no mundo, ou talvez o mundo esteja me encaixando nele. Percebi e
descobri que a minha cidade precisa de um arquiteto (Dores de Campos-MG possui
aproximadamente 9.500 habitantes e até janeiro desse ano nenhum arquiteto ou
engenheiro civil!) e desde que voltei pra casa tenho trabalhado muito, o que me
deixa muito feliz, pois esse pedacinho de terra aqui tem muito pra crescer! Quero
compartilhar aqui no blog muitas experiências e tratar de muitos temas
interessantes! Espero que gostem!
COBOGÓS
Para o primeiro post escolhi
falar sobre o cobogó, esse elemento totalmente brasileiro que teve seu auge há
algumas décadas e que agora foi resgatado e passou por diferentes releituras
que o tornaram tendência sendo aplicado em todos os ambientes.
O cobogó é um tijolo vazado,
inicialmente feito de cimento, sendo que hoje é encontrado em diversos
materiais, como vidro, madeira, cerâmica e até porcelana. Ele foi criado quando
os sócios de uma fábrica de tijolos (Amadeu Coimbra, Ernest Boeckman e Antônio
de Góis) os utilizaram para construir a caixa de água da Sé em Olinda,
Pernambuco. Seu nome foi patenteado em 1929 sendo composto pelas iniciais dos
sobrenomes dos seus idealizadores.
Os cobogós são muito utilizados
na arquitetura e no design de interiores para a divisão de ambientes conferindo
privacidade e principalmente, o aproveitamento da ventilação e da iluminação
natural. Eles são muito funcionais e criam efeitos plásticos maravilhosos que
tornam qualquer obra singular. Podem ser utilizados em fachadas, fechamento de
áreas externas e internas e como elementos decorativos.
Nas áreas externas os cobogós podem
ser usados nas fachadas dando a elas um toque moderno. A beleza fica por conta
da criatividade!
Elemento marcante em obras de
Lucio Costa, Oscar Niemeyer e outros importantes arquitetos, pode ser visto em
vários prédios de Brasília. O cobogó foi muito valorizado nesses projetos
por ser um elemento arquitetônico nacional e por criar uma linguagem moderna
que dialoga com o nosso passado colonial.
A sua aplicação pode ser feita de
diversas maneiras e é essa versatilidade que garante efeitos tão bonitos. Vale
investir também no uso do cobogó em pequenos espaços internos para criar um
ambiente exclusivo.
Atualmente estou trabalhando no
projeto de um edifício localizado na minha cidade e utilizei cobogós como
divisória de um corredor externo. O efeito é incrível e o cliente adorou!
Espero poder utilizá-los em muitos outros projetos!
Boa semana a todos! Até logo!
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