sábado, 8 de setembro de 2012

Cobogós


Depois de passar alguns meses planejando o blog e claro, enfrentando as incansáveis noites de projeto, fico muito feliz em fazer a primeira postagem! Antes de começar, queria apenas dizer que a Urbanística será um espaço para tratar de Arquitetura, Urbanismo, Paisagismo, Design e tudo que envolve esse incrível mundo. Terminei a graduação e depois de passar aquele período do torpor (o que fazer agora?) estou me encaixando no mundo, ou talvez o mundo esteja me encaixando nele. Percebi e descobri que a minha cidade precisa de um arquiteto (Dores de Campos-MG possui aproximadamente 9.500 habitantes e até janeiro desse ano nenhum arquiteto ou engenheiro civil!) e desde que voltei pra casa tenho trabalhado muito, o que me deixa muito feliz, pois esse pedacinho de terra aqui tem muito pra crescer! Quero compartilhar aqui no blog muitas experiências e tratar de muitos temas interessantes! Espero que gostem!

COBOGÓS



Para o primeiro post escolhi falar sobre o cobogó, esse elemento totalmente brasileiro que teve seu auge há algumas décadas e que agora foi resgatado e passou por diferentes releituras que o tornaram tendência sendo aplicado em todos os ambientes.



O cobogó é um tijolo vazado, inicialmente feito de cimento, sendo que hoje é encontrado em diversos materiais, como vidro, madeira, cerâmica e até porcelana. Ele foi criado quando os sócios de uma fábrica de tijolos (Amadeu Coimbra, Ernest Boeckman e Antônio de Góis) os utilizaram para construir a caixa de água da Sé em Olinda, Pernambuco. Seu nome foi patenteado em 1929 sendo composto pelas iniciais dos sobrenomes dos seus idealizadores.

Os cobogós são muito utilizados na arquitetura e no design de interiores para a divisão de ambientes conferindo privacidade e principalmente, o aproveitamento da ventilação e da iluminação natural. Eles são muito funcionais e criam efeitos plásticos maravilhosos que tornam qualquer obra singular. Podem ser utilizados em fachadas, fechamento de áreas externas e internas e como elementos decorativos.




Nas áreas externas os cobogós podem ser usados nas fachadas dando a elas um toque moderno. A beleza fica por conta da criatividade!




Elemento marcante em obras de Lucio Costa, Oscar Niemeyer e outros importantes arquitetos, pode ser visto em vários prédios de Brasília.  O cobogó foi muito valorizado nesses projetos por ser um elemento arquitetônico nacional e por criar uma linguagem moderna que dialoga com o nosso passado colonial.



A sua aplicação pode ser feita de diversas maneiras e é essa versatilidade que garante efeitos tão bonitos. Vale investir também no uso do cobogó em pequenos espaços internos para criar um ambiente exclusivo.



Atualmente estou trabalhando no projeto de um edifício localizado na minha cidade e utilizei cobogós como divisória de um corredor externo. O efeito é incrível e o cliente adorou! Espero poder utilizá-los em muitos outros projetos!

Boa semana a todos! Até logo! 


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