Olá a todos!
Depois de algumas semanas sem postar estou de volta
para falar sobre um assunto muito interessante e de grande utilidade para os
arquitetos e engenheiros recém-formados que (assim como eu) tem o desafio de
trabalhar melhorando o espaço urbano das cidades.
Com o período chuvoso a quantidade de buracos nas
vias pavimentadas com asfalto aumenta consideravelmente o que prejudica o
trânsito de veículos. É chegado então o momento de agir e realizar uma
“operação tapa buracos”. A operação será conduzida de acordo com o material que
for utilizado para tapar os buracos, que podem ser: uma mistura de pó de pedra,
asfalto frio ou asfalto quente. Existem muitas promessas de durabilidade para
esses materiais, mas o mais indicado é o asfalto quente.
Comumente conhecido como asfalto quente o CBUQ –
Concreto Betuminoso Usinado a Quente é uma mistura asfáltica a quente,
executada em usina apropriada, composta de agregados minerais e cimento
asfáltico de petróleo, que deve ser espalhada e comprimida a quente.
O ideal é trabalhar no buraco antes que ele receba
o CBUQ. É indicado que seja feito um “recorte” no buraco, deixando-o com o
formato de um quadrado. Caso ele seja muito profundo é preciso tampá-lo até que
fique faltando ser preenchida uma camada de aproximadamente 3cm. Para tampá-lo
deve-se utilizar uma mistura de pó de pedra, um pouco de cimento e água. Na
operação tapa buracos que realizei na minha cidade os buracos eram “rasos”,
portanto não foi preciso preenche-los. Depois de recortá-los é preciso
varrê-los para que fiquem limpos.
Com o buraco limpo aplica-se a emulsão, conhecida
como piche, que será a responsável por “colar” o CBUQ no buraco. Depois de bem
espalhada a emulsão pode-se colocar o asfalto quente no buraco. E detalhe, ele
é realmente muito quente, sai diretamente da usina para o local onde será
aplicado, daí a importância em manter a equipe com equipamento de segurança
(botina adequada e calça comprida). Eu mesma ajudei a espalhar um pouco de asfalto nos
buracos e senti o calor da mistura no chão (imagina no caminhão...).
Depois de preenchido o buraco deve ser compactado,
isso pode ser feito manualmente, mas para garantir a qualidade do serviço o
ideal é que a compactação seja feita por maquinário adequado. Usamos um
compactador conhecido como placa vibratória e que fez toda a diferença na
finalização do serviço.
Vale contar que no meio da nossa operação tapa
buracos começou a chover muito forte e que tivemos que agir rapidamente
cobrindo o asfalto CBUQ no caminhão com uma lona e levando-o para um local
coberto, pois a mistura não podia esfriar e a água estragaria tudo. Por sorte
São Pedro colaborou e depois de meia hora o sol apareceu e secou tudo para
continuarmos o serviço.
Essa foi a primeira vez que trabalhei aplicando
asfalto quente em buracos e aprendi muitas coisas, mas a mais importante foi
que o sucesso desse trabalho depende da sua equipe. Essa atividade é daquelas
que tem que ser realizadas com rapidez e cuidado, pois são muitas toneladas de
asfalto quente esfriando a cada segundo e precisando ser utilizadas enquanto
ainda estão fumegando para que o trabalho seja de maior qualidade. Com a equipe
unida e trabalhando com afinco o resultado sempre será o melhor.
Ah, e claro que não posso deixar de ressaltar que a
nossa operação tapa buracos foi um sucesso!
Bom final de semana a todos!!